Não. O CBD (canabidiol) não é intoxicante e não causa efeito alucinógeno. Esse efeito é provocado pelo THC (delta-9-tetrahidrocanabinol), outro canabinoide da planta.

Ambos são canabinoides encontrados na Cannabis sativa, mas apenas o THC possui efeito psicoativo.

No Brasil, a ANVISA permite a presença máxima de 0,2% de THC nas formulações medicinais. Essa concentração é mínima e praticamente irrelevante no efeito global do medicamento, já que o CBD é o principal ativo terapêutico.
Além disso, também existem produtos de CBD isolado, com teor zero de THC, para pacientes que necessitam de formulações sem qualquer traço psicoativo.

O Sistema Endocanabinoide

O sistema endocanabinoide é um conjunto de receptores, enzimas e moléculas que todos nós temos no corpo. Ele é responsável por manter o equilíbrio interno (homeostase) em diversas funções, como:

• Sono;
• Humor e memória;
• Dor e inflamação;
• Sistema imunológico;
• Funções neurológicas.

Os principais receptores desse sistema são:

• CB1: encontrados principalmente no cérebro e sistema nervoso central, atuando no controle de memória, coordenação, dor e emoções.
• CB2: presentes principalmente no sistema imunológico, regulando inflamação e resposta imune.

Quando usamos o CBD ou outros canabinoides, eles interagem com esse sistema, modulando funções corporais e ajudando a restaurar o equilíbrio em situações de desequilíbrio (como crises convulsivas, dor crônica ou inflamações).

Sim, mas sob regulamentação da ANVISA. É permitida a importação e fabricação de produtos com até 0,2% de THC, desde que exista prescrição médica.

1. Consultar um médico que prescreva Cannabis medicinal;
2. Solicitar autorização de importação junto à ANVISA ou adquirir produtos já regularizados;
3. Em casos específicos, recorrer à judicialização para garantir acesso;
4. Em situações autorizadas, pode-se solicitar o direito ao cultivo doméstico.

1. O CBD tem se mostrado eficaz em diversas condições, incluindo:

   • Epilepsia resistente a tratamentos convencionais;
   • Doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson;
   • Fibromialgia;
   • Dores crônicas em geral;
   • Transtorno do Espectro Autista (TEA);
   • Doenças autoimunes;
   • Esclerose múltipla;
   • Distúrbios do sono e ansiedade.

1. Dependendo da patologia, o canabidiol pode proporcionar:

   • Epilepsia: Redução significativa das crises convulsivas;
   • Alzheimer e Parkinson: Melhora da função cognitiva, redução da rigidez muscular e tremores, além de auxiliar na qualidade do sono;
   • Fibromialgia: Diminuição das dores generalizadas, melhora da disposição e bem-estar;
   • Dores crônicas e autoimunes: Alívio da dor e da inflamação;
   • Autismo (TEA): Melhora na interação social, redução de crises de agressividade e ansiedade;
   • Ansiedade e insônia: Maior estabilidade emocional, tranquilidade e qualidade do sono.